Sobre sonhos e a coragem

Nessa semana fiz uma apresentação sobre minha trajetória profissional como docente para uma turma de estudantes da Engenharia Mecânica da UFSC. A disciplina se chama: EMC6200-10203 (20241) – Construindo Carreira em Engenharia.

A disciplina tem por objetivo discutir os desafios presentes e futuros da Engenharia e o perfil profissional e aborda temas como metodologia de planejamento de carreira, visão das empresas especializadas em recrutamento e seleção, habilidades comportamentais, métodos de avaliação, transformação digital na Engenharia, Conceitos e Práticas de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), visão de líderes empresariais, pesquisadores e profissionais de destaque.

O honroso convite partiu do prof. Dr. Sérgio Gargioni, que aos 75 anos continua inovando na educação.

Além de minha apresentação a prof. Dra. Márcia Mantelli da UFSC contou sobre sua trajetória profissional. Ao final foi possível responder a algumas perguntas dos estudantes.

Preparei um vídeo de apresentação para os alunos:

Desde os meus primeiros dias no escritório de engenharia em Marília, nos idos de 1983 aos 13 anos, aprendi que a beleza da arquitetura e a solidez das estruturas de concreto dependem tanto da inspiração do desenhista quanto da precisão do cálculo. Cada linha que desenhava como Auxiliar de Desenhista, eu estava, sem saber, esboçando o contorno da minha futura carreira. A passagem para a Universidade Federal de Santa Catarina não foi apenas uma transição geográfica, foi o momento em que o estudante se tornou mestre, e o desenho técnico abriu caminho para o fascinante mundo da Engenharia Mecânica. Os anos de 1989 a 1993 foram de imersão nos estudos e trabalho árduo, mas cada desafio superado era um tijolo a mais na construção do meu percurso profissional. Minha graduação abriu as portas para o ensino. Como professor na Escola Técnica Federal de Santa Catarina, encontrei minha vocação. Nas salas de aula e laboratórios, compartilhei conhecimento sobre Projetos de Climatização, Instalações de Refrigeração e Ar Condicionado, Mecânica dos Fluidos, Estatística e Mecânica dos Sólidos. Não ensinei apenas conteúdos, aprendi com cada interação, cada dúvida esclarecida, cada ideia debatida. A sala de aula expandiu-se para a gestão educacional, onde assumi diversas responsabilidades que me desafiaram e me fizeram crescer. Desde coordenar cursos técnicos a liderar instituições como IFSC, IFPR e IF-Farroupilha, busquei transformar cada oportunidade em melhorias concretas para o ensino e aprendizado.
O compromisso com a educação me impulsionou a buscar constante atualização. Especializei-me em áreas como Políticas Públicas e Empreendedorismo na Educação Profissional, mergulhei no estudo da Eficiência Energética e segui adiante com um Mestrado em Ciências Térmicas e um Doutorado em Geografia, com foco em desenvolvimento regional. Minha jornada profissional é uma coletânea de boas experiências. Publiquei livros e materiais didáticos que refletem minha paixão pela educação e pela minha área de especialidade. Neste caminho, nunca parei de aprender, e agora, enquanto exploro as possibilidades das novas tecnologias educacionais, sei que o aprendizado é um ciclo contínuo, um fluxo constante como os princípios da Mecânica dos Fluidos que tanto admiro. Texto escrito pelo ChatGPT4 a partir do blog: jesuegraciliano.wordpress.com

Para conhecer mais sobre Dra. Marcia Mantelli.

Atenciosamente,

Prof. Jesué Graciliano da Silva

Poder, governança e contenção

No ano passado fiz o convite para que Dr. Francisco Bessa viesse ao IFSC falar de Governança no I Seminário de Governança e Integridade. Já há algum tempo venho me preocupando com a questão da contenção daqueles que detêm o poder. Quando não há contenção de poder o resultado é a tirania. Ao final do Seminário ele fez um resumo que estou transcrevendo a seguir: Penso que suas palavras cabem perfeitamente nesse momento político em que são discutidos os limites de cada poder de nossa República.

A contenção de poder dentro do conceito de governança refere-se às práticas e mecanismos utilizados para limitar ou controlar o exercício do poder dentro de uma organização ou sistema. Essa ideia é fundamental para garantir que o poder não seja concentrado em um único indivíduo ou grupo, evitando assim abusos, corrupção ou decisões arbitrárias. Alguns dos principais elementos da contenção de poder na governança incluem:

Separação de Poderes: É a divisão clara das funções e responsabilidades dentro de uma organização entre diferentes órgãos ou indivíduos, como executivo, legislativo e judiciário. Isso ajuda a evitar a concentração excessiva de poder em uma única pessoa ou área.

Sistema de Checagem e Balanços: Envolve a criação de mecanismos que permitem que diferentes partes da organização monitorem e fiscalizem umas às outras. Por exemplo, um órgão de controle interno pode verificar as ações do executivo para garantir conformidade com as políticas e regulamentos estabelecidos.

Transparência: Garantir que as informações relevantes sobre as decisões e atividades da organização sejam acessíveis a todas as partes interessadas, como funcionários, acionistas e o público em geral. Isso ajuda a reduzir o potencial de comportamentos inadequados ou injustos.

Responsabilização: Estabelecer processos claros para responsabilizar os indivíduos ou grupos pelo uso adequado do poder e pela tomada de decisões. Isso pode incluir auditorias independentes, avaliações de desempenho e mecanismos de prestação de contas.

Participação e Consulta: Incluir diferentes partes interessadas no processo de tomada de decisões para garantir uma representação ampla de perspectivas e interesses. Isso ajuda a evitar que um único grupo domine as decisões e promove uma governança mais inclusiva e equitativa.

Em resumo, a contenção de poder na governança é essencial para promover a transparência, responsabilidade, equidade e eficácia nas organizações, reduzindo os riscos associados ao abuso de poder e à má conduta.

A seguir estou transcrevendo alguns minutos da fala do Dr. Francisco Bessa no IFSC.

“Governança tem a ver com os ritos e a disciplina dos ritos. Eu acho que isso é fundamental para nós militarmos na área pública. Por outro lado, nós temos que garantir a essência. Voltando para o início do que eu estava comentando com vocês, quando a gente fala da essência, nós estamos falando da busca pelo interesse público. Eu tinha dito, num determinado momento que a integridade é um atributo. Nós queremos um IFSC mais íntegro. Parece um discurso de campanha. Mas eu não sou candidato a reitor em coisa nenhuma. Mas no final das contas, a gente quer que essa organização seja mais inteira. Eu vou me apropriar, para fechar, das palavras do ministro da CGU. Nós temos acompanhado o ministro da CGU, que tem feito diversas intervenções lá em Brasília por conta dos lançamentos dos programas de integridade. Hoje mesmo, agora à tarde, está tendo o lançamento do programa de integridade do Ministério do Planejamento. Nós do Ministério da Gestão lançamos em Maio. Na semana que vem, o Ministério da Fazenda vai lançar. O ministro Vinícius tem dito que integridade tem a ver com legitimidade. Uma organização é íntegra quando ela tem legitimidade. A legitimidade de vocês tem a ver como as partes interessadas lhes veem. Aí, não adianta só parecer. E o outro adjetivo que o ministro Vinícius usa é resiliência. Mas resiliência, no seu sentido clássico, ou seja, essa organização sofre pressão, mas ela consegue voltar ao seu status original. Essa organização sofre pressão de falta de dinheiro, de falta de orçamento, e ela consegue… veja bem, eu não estou defendendo aqui que vocês se acostumem a fazer sempre mais, não quero assumir aquele discurso da eficiência, fazer mais com menos, não é isso. Mas é a resiliência no sentido das pressões, quaisquer que sejam elas, que podem ser pressões, por exemplo, como limitação orçamentária. Mas podem ser pressões de natureza político-institucional, podem ser pressões decorrentes da atuação de supervisão ministerial, podem ser diversas pressões. A resiliência é essa organização que recebe a pressão, mas ela não paralisa. Então, resiliência é não paralisar quando eu recebo a pressão, eu volto à minha condição original sem perder de vista a busca sempre das melhores condições para trabalhar. Então vejam que é uma dimensão de integridade ampliada. E tem um terceiro elemento que o ministro Vinícius coloca quando a gente fala de integridade, uma organização íntegra não é só uma organização onde não há corrupção. Eu vou repetir, e quem quiser checar pode dar uma olhada que vocês vão encontrar o ministro Vinícius falando isso. O que ele quer dizer é que uma organização não ter tido nenhum caso de corrupção, essa eu posso atestar e afirmar que essa organização é íntegra, não necessariamente. A integridade é um conceito mais amplo, portanto, que passa pela legitimidade, pela resiliência, e por um conjunto de elementos novos que estão sendo, neste momento, trabalhados. Quando eu digo neste momento, é no momento presente, nesse momento ou nesse ano. Gente, eu dou um exemplo concreto. Há ações lá no ministério onde estou atuando, que é o MGI, que têm sido endereçadas pelo programa de integridade. Têm sido ações de prevenção e combate ao assédio moral, sexual e institucional. E se você me perguntasse há 3 anos atrás, há 4 anos atrás, há 5 anos atrás, eu não identificaria o tema do assédio como um tema do escopo da integridade, porque a integridade parecia sempre o tema de prevenção da fraude, da corrupção. Então, a terceira mensagem que o ministro tem passado é essa: não é só porque você não teve fraude ou corrupção que você é uma organização íntegra. A integridade passa por um conjunto de atributos adicionais e tão importantes. Não quero minimizar também. É o seguinte, gente, agora pode ter fraude, corrupção, né, locupletando todos. Não, não é isso. Mas não é só não ter fraude ou corrupção que caracteriza uma instituição íntegra. Então, integridade, adjetivo, aquilo que a gente busca para nossa organização. Governança é o conjunto disciplinado de ritos com aparência e com essência ética, conjunto de valores compartilhados pelas pessoas que fazem essa organização, conjunto de valores compartilhados voluntariamente, racionalmente e criticamente. Não é só porque está no banner, mas está no banner é fundamental. Não é governança ética e integridade simbólico que pode virar concreto. Aí eu termino com Ivan Lins. Depende de nós. Sempre depende de nós” (BESSA, 2023).

Precisamos cada vez promover a boa governança pública. Governança refere-se ao conjunto de práticas, processos, políticas e estruturas utilizadas para garantir que uma organização, seja ela pública ou privada, seja bem gerida, transparente, responsável, e capaz de alcançar seus objetivos de forma eficaz e ética. Isso envolve a definição clara de responsabilidades, a implementação de mecanismos de controle e monitoramento, a promoção da transparência e da prestação de contas, e a busca pela conformidade com normas, regulamentos e padrões de conduta. Em essência, a governança visa assegurar que a organização atue de maneira ética, legal, eficiente e em benefício de todas as partes interessadas, sejam eles colaboradores, acionistas, clientes, fornecedores ou a sociedade como um todo.

Atenciosamente,

Prof. Jesué Graciliano da Silva

Impacto da IA na produção de textos acadêmicos: desafios do presente

Nas próximas semanas (17 de abril) participaremos da live Diálogos Acadêmicos com prof. Eli Lopes da Silva para avaliar os impactos da IA na produção de textos acadêmicos.

No ano passado prof. Eli Lopes da Silva já participou de uma edição do Diálogos Acadêmicos.

Durante o processo de preparação dessa atividade procurei ler alguns livros e assistir a algumas palestras. Desde que a OpenAI lançou o ChatGPT diversas outras ferramentas de IA vem sendo lançadas. Algumas delas com a função exclusiva de burlar os softwares de análise de plágio. Realizamos o teste de diversas ferramentas disponíveis na internet e solicitamos ao ChatGPT que organizasse os tópicos da apresentação. O objetivo foi verificar como a IA recomenda seu ético em trabalhos acadêmicos. Deixamos transparente que o texto a seguir foi produzido inteiramente por meio do CHATGPT a partir de algumas perguntas sobre o assunto.

TEXTO CHATGPT

Imagem de um ser espacial explodindo planetas, ‘pintada’ no Midjourney

(Imagem: Nick Ellis/Olhar Digital)

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem desempenhado um papel cada vez mais significativo na produção de textos acadêmicos. Com o avanço da tecnologia, algoritmos de IA têm sido utilizados para auxiliar pesquisadores na redação, edição e análise de documentos científicos. Neste artigo, vamos explorar os benefícios e desafios associados ao uso da IA na produção de textos acadêmicos, além de apresentar alguns exemplos concretos de como essa tecnologia está sendo aplicada na prática.

Eficiência e Produtividade: Uma das principais vantagens da IA é sua capacidade de processar grandes volumes de dados e informações de forma rápida e eficiente. Isso permite que os pesquisadores economizem tempo na redação de seus trabalhos, concentrando-se em aspectos mais complexos e criativos de sua pesquisa. Exemplo: Um estudante que está escrevendo sua dissertação de mestrado sobre inteligência artificial pode usar um software de IA para ajudar na redação da introdução e revisão bibliográfica, economizando horas de trabalho manual.

Revisão e Correção: Ferramentas de IA podem ser usadas para identificar erros gramaticais, problemas de coesão e coerência, além de sugerir melhorias na redação. Isso ajuda os pesquisadores a melhorar a qualidade geral de seus textos acadêmicos antes de submetê-los para revisão por pares. Exemplo: Um professor universitário que está escrevendo um artigo para uma revista científica pode usar um software de IA para revisar e corrigir o texto antes de enviá-lo para publicação, garantindo que esteja livre de erros e bem estruturado.

Análise de Dados: Algoritmos de IA podem ser empregados na análise de dados coletados em pesquisas acadêmicas, ajudando os pesquisadores a identificar padrões, tendências e insights importantes em seus conjuntos de dados. Exemplo: Um cientista que está conduzindo um estudo sobre mudanças climáticas pode usar algoritmos de IA para analisar grandes conjuntos de dados meteorológicos e identificar padrões de aquecimento global ao longo do tempo.

Desafios da IA na Produção de Textos Acadêmicos: Plágio: Um dos principais desafios associados ao uso da IA na produção de textos acadêmicos é o risco de plágio involuntário. Algoritmos de IA podem gerar automaticamente texto que se assemelha ao de fontes existentes, o que pode comprometer a integridade científica do trabalho. Exemplo: Um estudante que utiliza um software de IA para ajudar na redação de sua monografia pode inadvertidamente reproduzir trechos de um artigo acadêmico sem citar a fonte corretamente, resultando em acusações de plágio.

Falta de Originalidade: O uso excessivo de ferramentas de IA na redação de textos acadêmicos pode levar à falta de originalidade e criatividade no trabalho. Algoritmos tendem a seguir padrões pré-definidos e reproduzir informações existentes, o que pode prejudicar a qualidade do trabalho final. Exemplo: Um pesquisador que utiliza um software de IA para escrever um artigo científico pode acabar produzindo um texto que não apresenta novas idéias e insights originais, resultando em uma contribuição limitada para o campo de estudo.

Dependência Tecnológica: A dependência excessiva de ferramentas de IA na produção de textos acadêmicos pode prejudicar o desenvolvimento das habilidades de escrita e análise crítica dos pesquisadores. Isso pode reduzir sua capacidade de produzir trabalho de qualidade de forma independente. Exemplo: Um acadêmico que se torna dependente de um software de IA para escrever seus artigos pode perder a capacidade de formular argumentos de forma clara e coerente, prejudicando sua carreira acadêmica no longo prazo.

    Em suma, a inteligência artificial oferece inúmeras oportunidades para melhorar a produção de textos acadêmicos, tornando o processo mais eficiente e produtivo. No entanto, é importante reconhecer os desafios e limitações associados ao uso dessa tecnologia, especialmente no que diz respeito à originalidade e integridade científica do trabalho. Os pesquisadores devem usar a IA de forma ética e responsável, garantindo que seus textos sejam originais, bem fundamentados e contribuam de forma significativa para o avanço do conhecimento em suas áreas de estudo.

    O papel da inteligência artificial (IA) na produção de textos acadêmicos é multifacetado. Por um lado, a IA pode ser uma ferramenta poderosa para auxiliar os pesquisadores na redação de artigos, teses e outros documentos acadêmicos. Alguns dos principais papéis da IA nesse contexto incluem:

    1.Geração de conteúdo: Algoritmos de IA, especialmente os de categoria generativa, são capazes de criar textos a partir do processamento de grandes volumes de dados e informações existentes na internet. Isso pode ajudar os pesquisadores a elaborar partes de seus textos acadêmicos, como introduções, resumos, e até mesmo sessões de discussão.

    1. Edição e revisão: Ferramentas de IA podem ser usadas para editar e revisar textos acadêmicos, identificando erros gramaticais, problemas de coesão e coerência, e sugerindo melhorias na redação. Essas ferramentas podem economizar tempo e melhorar a qualidade geral do texto final.
    2. Análise de dados: Algoritmos de IA podem ser empregados na análise de dados coletados em pesquisas acadêmicas, ajudando os pesquisadores a identificar padrões, tendências e insights importantes em seus conjuntos de dados.

    No entanto, o uso da IA na produção de textos acadêmicos também está associado a alguns riscos e desafios:

    1. Plágio: A geração automática de texto por meio de algoritmos de IA pode levar ao plágio involuntário, especialmente se os pesquisadores não citarem corretamente as fontes de onde os dados foram extraídos. Isso pode comprometer a integridade científica e ética do trabalho acadêmico.
    2. Falta de originalidade: O uso excessivo de ferramentas de IA na redação de textos acadêmicos pode resultar em uma falta de originalidade e criatividade no trabalho, pois os algoritmos tendem a seguir padrões pré definidos e reproduzir informações existentes.
    3. Dependência tecnológica: A dependência excessiva de ferramentas de IA na produção de textos acadêmicos pode prejudicar o desenvolvimento das habilidades de escrita e análise crítica dos pesquisadores, reduzindo sua capacidade de produzir trabalho de qualidade de forma independente.

    Portanto, é importante que os pesquisadores usem a IA de maneira ética e responsável, reconhecendo suas limitações e garantindo a originalidade e integridade de seus trabalhos acadêmicos.

    Como a IA está transformando o ensino universitário.

    Podemos mencionar a crescente digitalização do ensino, o aumento da demanda por flexibilidade e acessibilidade no aprendizado, bem como a pressão por resultados quantitativos, como o número de publicações acadêmicas. Por exemplo, podemos citar o aumento da oferta de cursos online, a utilização de plataformas de aprendizado virtual e a necessidade de os estudantes lidarem com uma quantidade cada vez maior de informações disponíveis online.

    O aumento da oferta e procura por cursos online pode ser atribuído a várias razões. Primeiramente, os cursos online oferecem flexibilidade, permitindo que os alunos aprendam no seu próprio ritmo e de acordo com sua própria programação. Isso é especialmente benéfico para pessoas que trabalham ou têm outras responsabilidades que dificultam o acesso a cursos presenciais. Além disso, os cursos online muitas vezes são mais acessíveis financeiramente, pois eliminam despesas com transporte, moradia e alimentação associadas aos cursos presenciais. A variedade de opções de cursos também é um fator importante, já que os alunos podem escolher entre uma ampla gama de disciplinas e especializações oferecidas por instituições de todo o mundo. Por fim, a tecnologia avançada e as ferramentas interativas tornam os cursos online cada vez mais eficazes em termos de engajamento e aprendizado, o que tem contribuído para o seu aumento de popularidade.

    Desafios do Produtivismo Acadêmico: Qualidade versus Quantidade

    Nos últimos anos, tem-se observado um fenômeno crescente no ambiente acadêmico conhecido como produtivismo acadêmico. Esse termo refere-se à valorização do desempenho dos pesquisadores com base em critérios quantitativos de publicações técnico-científicas. Neste artigo, vamos explorar o que é o produtivismo acadêmico, discutir seus efeitos no ambiente acadêmico e examinar os desafios que ele apresenta para a qualidade da produção acadêmica.

    O produtivismo acadêmico é um fenômeno que se manifesta pela ênfase na quantidade de produção científica em detrimento da qualidade. Nesse modelo, os pesquisadores são incentivados a publicar um grande número de artigos em periódicos científicos e apresentar uma quantidade significativa de trabalhos em conferências, muitas vezes em detrimento da profundidade e originalidade das pesquisas.

    Efeitos do Produtivismo Acadêmico:

    1. Pressões para Publicação: Sob o paradigma do produtivismo acadêmico, os pesquisadores enfrentam pressões cada vez maiores para produzir resultados e publicar seus trabalhos em periódicos científicos. Isso pode levar a uma corrida desenfreada pela publicação, com pesquisadores priorizando a quantidade sobre a qualidade de suas pesquisas.

    Exemplo: Um professor universitário que precisa atender às demandas de sua instituição para publicar um certo número de artigos por ano pode se sentir obrigado a submeter trabalhos de qualidade questionável apenas para cumprir metas de produtividade.

    1. Consequências para a Qualidade: O foco excessivo na quantidade de publicações pode comprometer a qualidade da produção acadêmica. Pesquisadores podem ser incentivados a realizar estudos superficiais ou repetitivos, em vez de investir tempo e recursos em pesquisas mais inovadoras e impactantes.

    Exemplo: Um estudante de pós-graduação que está sob pressão para concluir sua tese dentro de um prazo apertado pode optar por conduzir uma pesquisa menos rigorosa e abrangente, a fim de cumprir os requisitos de sua instituição.

    Desafios para a Qualidade da Produção Acadêmica:

    1. Originalidade e Inovação: O produtivismo acadêmico pode desencorajar a busca pela originalidade e inovação na pesquisa, uma vez que os pesquisadores são incentivados a seguir padrões estabelecidos e produzir resultados que se encaixem nas expectativas da comunidade acadêmica.

    Exemplo: Um cientista que deseja explorar uma área de pesquisa pouco explorada pode enfrentar resistência ao tentar publicar seus resultados, uma vez que eles podem não se encaixar nos temas populares da época.

    1. Impacto na Credibilidade: O foco exclusivo na quantidade de publicações pode minar a credibilidade da produção acadêmica, uma vez que a qualidade dos trabalhos pode ser comprometida em prol da quantidade.

    Exemplo: Uma instituição que valoriza exclusivamente o número de publicações de seus pesquisadores pode acabar sendo criticada por promover uma cultura de “publicar ou perecer”, em vez de priorizar a excelência e a originalidade na pesquisa.

    O produtivismo acadêmico apresenta desafios significativos para a qualidade da produção acadêmica, incentivando uma mentalidade de “mais é melhor” em detrimento da originalidade, inovação e rigor científico. Para combater esse fenômeno, é essencial que as instituições acadêmicas promovam uma cultura que valorize não apenas a quantidade, mas também a qualidade da pesquisa. Os pesquisadores devem ser incentivados a buscar a excelência em suas pesquisas, priorizando a originalidade, a profundidade e o impacto de seus trabalhos sobre a mera quantidade de publicações.

    IA Generativa na Produção de Textos Acadêmicos

    A Inteligência Artificial (IA) generativa é uma tecnologia disruptiva que está revolucionando a forma como produzimos textos acadêmicos. Ela é capaz de criar conteúdo a partir do processamento de informações disponíveis na internet, utilizando algoritmos avançados de aprendizado de máquina.

    A IA generativa está sendo utilizada para escrever resumos automáticos de artigos científicos, facilitando a compreensão e o acesso rápido às informações.

    Além disso, ela pode auxiliar na geração de referências bibliográficas e na formatação de documentos de acordo com as normas acadêmicas.

    Os benefícios da IA generativa na produção acadêmica são inegáveis. Ela automatiza tarefas tediosas e repetitivas, permitindo que os pesquisadores foquem em atividades mais criativas e analíticas. Além disso, a IA é capaz de gerar conteúdo rapidamente, acelerando o processo de produção de textos acadêmicos.

    No entanto, é importante considerar os desafios e preocupações associados ao uso da IA na produção acadêmica. Um dos principais problemas é o não desenvolvimento do senso crítico na prática da escrita, uma vez que os pesquisadores podem se tornar dependentes da IA para criar seus textos. Além disso, há um aumento do risco de plágio, pois os pesquisadores podem copiar e colar o conteúdo gerado pela IA sem verificar sua originalidade.

    O uso da IA na produção de textos acadêmicos levanta questões éticas e pedagógicas importantes. É essencial garantir a integridade científica e promover práticas éticas no uso da tecnologia. Isso inclui a verificação da originalidade do conteúdo gerado pela IA e o estímulo ao desenvolvimento do pensamento crítico e da habilidade de escrita nos pesquisadores.

    Para mitigar os impactos negativos do uso da IA na produção acadêmica, é necessário promover uma abordagem ética e responsável. Isso inclui a implementação de políticas institucionais para o uso da IA, a educação dos pesquisadores sobre as melhores práticas de produção acadêmica e o desenvolvimento de ferramentas de detecção de plágio específicas para conteúdo gerado pela IA.

    Em conclusão, o uso da IA generativa na produção de textos acadêmicos representa uma mudança significativa na forma como conduzimos nossas pesquisas. É fundamental considerar cuidadosamente os benefícios e desafios associados ao uso da tecnologia e promover uma abordagem ética e responsável em sua utilização.

    Reflexões Éticas e Pedagógicas: O Impacto da Inteligência Artificial na Produção Acadêmica

    A reflexão sobre o papel da IA na produção acadêmica e a necessidade de promover práticas éticas e responsáveis é essencial para garantir a integridade da pesquisa científica e o avanço do conhecimento. Agradecemos a participação de todos e estamos abertos para perguntas e discussões adicionais sobre o tema.

    Nos últimos anos, a utilização da Inteligência Artificial (IA) na produção de textos acadêmicos tem crescido significativamente. Esse avanço levanta uma série de questões éticas e pedagógicas que merecem reflexão por parte da comunidade acadêmica. A IA generativa, em particular, tem sido destacada como uma tecnologia disruptiva capaz de criar conteúdo a partir do processamento de informações disponíveis na internet. No entanto, o uso indiscriminado dessa ferramenta pode gerar consequências indesejadas no ambiente acadêmico.

    Um dos dilemas éticos mais prementes diz respeito à originalidade e autoria do conteúdo gerado pela IA. Embora essa tecnologia ofereça uma maneira eficiente de produzir textos, há o risco de que os pesquisadores utilizem o conteúdo gerado sem verificar sua autenticidade ou atribuir o crédito de forma adequada. Um exemplo disso é quando um estudante universitário utiliza a IA para escrever sua monografia, mas apresenta o trabalho como se fosse seu, sem mencionar a contribuição da IA. Isso levanta questões éticas sobre a honestidade intelectual do estudante e a validade do trabalho acadêmico.

    Além disso, a precisão e confiabilidade do conteúdo gerado pela IA são preocupações importantes. Embora essa tecnologia seja capaz de produzir textos rapidamente, nem sempre é capaz de discernir entre informações precisas e imprecisas. Isso pode levar à disseminação de informações erradas ou enganosas, comprometendo a credibilidade do trabalho acadêmico. Por exemplo, um pesquisador que utiliza a IA para escrever um artigo pode inadvertidamente incluir informações incorretas, resultando em uma interpretação distorcida do assunto.

    Para mitigar esses impactos negativos, é fundamental adotar estratégias que promovam uma abordagem ética e responsável no uso da IA na produção acadêmica. Uma dessas estratégias é educar os pesquisadores sobre as melhores práticas de produção acadêmica e conscientizá-los sobre os riscos associados ao uso da IA. Além disso, é importante desenvolver ferramentas de detecção de plágio específicas para conteúdo gerado pela IA, garantindo a integridade e originalidade do trabalho acadêmico.

    As instituições de ensino também desempenham um papel fundamental na formação de estudantes críticos e responsáveis. Elas têm a responsabilidade de fornecer aos estudantes as habilidades e o conhecimento necessários para utilizar a IA de forma ética e responsável. Isso inclui promover o pensamento crítico, a ética na pesquisa e a integridade acadêmica. Por exemplo, as universidades podem oferecer cursos e workshops sobre ética na produção acadêmica e o uso responsável da IA, incentivando os alunos a considerar as implicações éticas e pedagógicas dessa tecnologia.

    Em conclusão, as reflexões éticas e pedagógicas sobre o uso da IA na produção acadêmica são essenciais para garantir a integridade e qualidade da pesquisa científica. Ao adotar estratégias para mitigar os impactos negativos e promover uma abordagem ética, podemos aproveitar o potencial da IA para avançar o conhecimento de forma responsável e sustentável. É importante continuar debatendo e refletindo sobre essas questões, buscando sempre promover práticas éticas e responsáveis na produção acadêmica.

    Normatizando o Uso da Inteligência Artificial em Trabalhos Acadêmicos: Uma Abordagem Ética e Responsável

    Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tornou-se uma ferramenta cada vez mais presente na produção acadêmica, oferecendo uma maneira eficiente de gerar conteúdo e automatizar tarefas. No entanto, o uso indiscriminado dessa tecnologia levanta preocupações éticas e pedagógicas sobre a originalidade, autoria e qualidade do trabalho acadêmico. Diante desse cenário, as universidades desempenham um papel crucial na normatização do uso da IA em trabalhos acadêmicos, promovendo uma abordagem ética e responsável que preserve a integridade e a credibilidade da pesquisa científica.

    Uma das principais preocupações relacionadas ao uso da IA em trabalhos acadêmicos diz respeito à originalidade e autoria do conteúdo gerado. É fundamental que os pesquisadores atribuam crédito adequadamente ao utilizar a IA para produzir textos, garantindo a transparência e a honestidade intelectual. Para normatizar esse aspecto, as universidades podem estabelecer diretrizes claras sobre a citação e atribuição de crédito em trabalhos acadêmicos que façam uso da IA. Essas diretrizes podem incluir a obrigatoriedade de mencionar a contribuição da IA no trabalho, bem como fornecer informações sobre a fonte e o método de geração do conteúdo.

    Além disso, é importante desenvolver políticas e procedimentos para verificar a precisão e confiabilidade do conteúdo gerado pela IA. Isso inclui a implementação de ferramentas de detecção de plágio específicas para conteúdo gerado pela IA, garantindo que o trabalho acadêmico seja original e livre de informações incorretas ou enganosas. As universidades também podem oferecer treinamento e orientação aos pesquisadores sobre as melhores práticas de produção acadêmica e o uso responsável da IA, capacitando-os a utilizar essa tecnologia de forma ética e responsável.

    Outra questão importante a ser considerada é a integridade e segurança dos dados utilizados pela IA na produção de textos acadêmicos. As universidades devem estabelecer políticas de proteção de dados que garantam a privacidade e confidencialidade das informações utilizadas pela IA. Isso inclui o armazenamento seguro de dados sensíveis e a adoção de medidas para prevenir o acesso não autorizado ou a manipulação indevida dos dados.

    Além de normatizar o uso da IA em trabalhos acadêmicos, as universidades também têm o papel de educar e conscientizar os estudantes sobre as implicações éticas e pedagógicas dessa tecnologia. Isso pode ser feito por meio da inclusão de cursos e workshops sobre ética na produção acadêmica e o uso responsável da IA no currículo acadêmico. Os estudantes devem ser incentivados a refletir sobre as implicações éticas do uso da IA e a desenvolver habilidades críticas para avaliar a qualidade e confiabilidade do conteúdo gerado.

    Para promover uma abordagem ética e responsável no uso da IA em trabalhos acadêmicos, é essencial que as universidades adotem uma abordagem colaborativa e multidisciplinar. Isso inclui a colaboração entre professores, pesquisadores, estudantes e especialistas em ética e tecnologia para desenvolver políticas e diretrizes que garantam a integridade e credibilidade da pesquisa científica. Ao promover uma cultura de integridade acadêmica e responsabilidade ética, as universidades podem contribuir para o avanço do conhecimento de forma sustentável e responsável.

    Em suma, a normatização do uso da IA em trabalhos acadêmicos requer uma abordagem holística e colaborativa que leve em consideração as complexidades éticas e pedagógicas dessa tecnologia. Ao estabelecer diretrizes claras, oferecer treinamento e conscientização, e promover uma cultura de integridade acadêmica, as universidades podem garantir que o uso da IA contribua para o avanço do conhecimento de forma ética e responsável.

    Ao mestre com carinho

    Dando continuidade a nossa série de entrevistas do PROJETO EDUCADORES, nessa semana entrevistei o professor Dr. Sérgio Luiz Gargioni, que contou um pouco sobre sua trajetória de cinco décadas de docência e revelou o que torna um professor inesquecível. Para prof. Gargioni, o respeito às características e vocações é o caminho para uma conexão duradora entre educadores e educandos.

    O objetivo das estrevistas é destacar o mérito de professores extraordinários e que continuam fazendo a diferença na vida de seus estudantes décadas depois. Prof. Gargioni, como é conhecido foi citado como uma das principais referências docentes do prof. Dr. Alvaro Prata, o primeiro entrevistado desta série.

    Prof. Gargioni aposentou-se no ano passado, quando defendeu a tese de doutorado, e continua contribuindo como professor voluntário da UFSC na disciplina chamada CONSTRUINDO CARREIRA EM ENGENHARIA (EMC6200), que aborda os desafios presentes e futuros da Engenharia e o perfil profissional. Metodologia de planejamento de carreira. Visão das empresas especializadas em recrutamento e seleção. Soft skills e métodos de avaliação. Transformação Digital na Engenharia, Conceitos e Práticas de ESG (Environmental, Ssocial and Corporate Governance), Visão de líderes empresariais, pesquisadores e profissionais de destaque.

    Prof. Gargioni foi um dos criadores do projeto SINAPSE (chamado posteriomente de CENTELHA), que tem apoiado milhares de jovens a desenvolverem projetos e práticas inovadoras. Como conselheiro do IFSC no CONSUP destacou-se por seu perfil ético e equilibrado.

    Alguns professores fora de série citados na entrevista foram: Wilbert Stoecker, Carlos Clezar, Caspar Stemmer, Alvaro Prata e Neri dos Santos.

    Para saber mais:

    Vídeo sobre a vida do prof. Caspar Eric Stemmer

    https://youtu.be/cHYhgfnTG9k

    Defesa da Tese de doutorado do prof. Dr. Sérgio Gargioni

    https://youtu.be/KgSjO43_wJw

    https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/251226 3-

    Café com ciência – FAPESC

    https://youtu.be/TlKm-_cemc8

    Espero que vocês aproveitem e aprendam mais sobre a docência com essa agradável conversa que tivemos.

    Prof. Jesué Graciliano da Silva

    O bom professor

    Nessa semana começamos o Projeto Educadores, em que vou conversar com docentes que fazem a diferença na vida dos estudantes. Essa iniciativa é inspirada no trabalho de pesquisa do prof. Gustavo Ribeiro Alves – Instituto Politécnico do Porto – que é autor de um artigo do Livro_trabalho-pedagógico-na-educação-profissional-e-tecnológica-em-direferentes-contextos-desafios-e-reflexões

    Também é uma homenagem ao grande professor Hyppolito do Valle Pereira, que nos deixou há 10 anos. Seus alunos vão contar um pouco sobre sua trajetória. O objetivo do projeto é valorizar a docência e conhecer as boas práticas pedagógicas de grandes educadores.

    A escolha para começar o PROJETO EDUCADORES recaiu no prof. Dr Alvaro Toubes Prata, com quem tive a honra de aprender a ministrar aulas ainda na Engenharia durante o trabalho de Monitoria da disciplina de Transferência de Calor. Dividimos a conversa em três partes.

    Nesse primeiro vídeo prof. Alvaro Toubes Prata fala um pouco sobre a importância da ciência e inovação no processo de desenvolvimento e redução das desigualdades. Também explica como iniciou sua carreira docente aos 22 anos. O livro “CIÊNCIA PARA A PROSPERIDADE” pode ser baixado no link: http://alaorchaves.com.br/wp-content/…

    Mensagem do prof. Prata:

    “A divulgação do papel da ciência, tecnologia e inovação é de grande importância, uma vez que a nossa sociedade, sobretudo a sociedade brasileira, nem sempre dá à questão científica e, sobretudo, à questão tecnológica a importância que esses temas têm. O livro “Ciência para a prosperidade” foi escrito na expectativa de contribuir para a política científica a partir de uma encomenda do professor Jorge Guimarães que estava saindo ao término do mandato dele na Embrapa. A Embrapa, tendo feito um belíssimo trabalho na questão da Inovação, promovendo a Inovação com muito sucesso, foi um formato que funcionou e tem funcionado muito bem. E ele queria olhar para frente, olhar questões atuais. Aí reuniu um grupo de pessoas e decidimos sobre 12 capítulos e a partir de uma escrita conjunta. Nós abordamos diferentes temas amplos, tratamos das nossas vantagens comparativas, das vantagens competitivas, das nossas fragilidades. Alguns temas mais específicos como tecnologias digitais, como energias renováveis. Tratamos de um tema muito importante, é um capítulo muito importante sobre as desigualdades e como a ciência e a tecnologia pode contribuir para a desigualdade. Então, é um livro leve, digamos assim. É um livro que pode ser lido separadamente, cada capítulo pode ser livro separadamente e é um livro inspirador, instigante. Acho que ficou um trabalho muito bem feito e recomendo àqueles que se interessam pelo tema, haverão de encontrar aspectos interessantes nessa publicação.

    É fundamental ressaltar que o papel do professor vai muito além da simples transmissão de conhecimento. Eles são agentes de transformação social, moldando não apenas as mentes, mas também os valores e as atitudes dos alunos. A forma como um professor se relaciona com seus alunos, como estimula sua curiosidade, como os desafia a pensar criticamente e como os apoia em seus projetos e sonhos pode ter um impacto profundo em suas vidas e em suas carreiras futuras.

    Nesse sentido, a docência exige não apenas competência técnica, mas também empatia, dedicação e comprometimento com o processo de aprendizagem dos alunos. Os professores precisam estar abertos ao diálogo, dispostos a ouvir e a adaptar suas práticas pedagógicas às necessidades e aos interesses dos estudantes.

    Além disso, é importante que os professores estejam sempre em busca de aprimoramento profissional, participando de cursos de formação, atualizando-se em relação às novas tecnologias e metodologias de ensino, e compartilhando experiências e boas práticas com seus pares.

    Nós que estamos na docência temos um compromisso com o conhecimento e como esse conhecimento agrega sabedoria e transformações. Temos muitas referências tanto na Engenharia quanto na área mais científica e tecnológica. Considero-me uma pessoa muito feliz por ter convivido com pessoas que me inspiraram tanto e até hoje me inspiram. Talvez possa resumir isso mencionando nosso Departamento de Engenharia Mecânica aqui da Universidade Federal de Santa Catarina, onde temos um grupo muito grande de pessoas em um ambiente muito motivador e inspirador.

    Uma referência que eu me lembro sempre com muito carinho é o professor Sérgio Gargioni, que foi meu professor de Engenharia Mecânica lá na UnB. Ele foi um dos melhores professores que eu tive na época. A maneira calma com que ele lidava com a sua disciplina, me estimulava muito.”

    Esse é um extrato da conversa que começamos essa semana. Ela deverá continuar nos próximos meses para avaliar os impactos da inteligência artificial no ensino-aprendizagem.

    Professor Sérgio Gargioni foi Conselheiro da FAPESC no Conselho Superior do IFSC por vários anos e nos ajudou muito a ampliar nossa capacidade de conexão de internet nos câmpus do interior, principalmente. Um justo reconhecimento. Além de grande professor, um grande gestor e entusiasta da ciência e tecnologia.

    A seguir temos a parte 2 da entrevista.

    E a parte final acabou abrindo espaço para conversas posteriores.

    Para saber mais:

    Prof. Jesué Graciliano da Silva

    Atenciosamente,

    É proibido proibir – celular em sala de aula


    Principalmente nas últimas três décadas, os profissionais da educação vêm enfrentando o desafio de acompanhar o ritmo da evolução das novas tecnologias. Quando ingressei como professor da ETF-SC em 1993 ainda era utilizada uma máquina de escrever para datilografar as apostilas.


    Alguns anos depois foram instalados centenas de computadores e a internet. Evidentemente, o perfil dos nossos estudantes mudou muito ao longo desse tempo. Hoje, quase todos têm um celular e facilmente podem acessar a internet para comparar, fotografar e compartilhar informações. Com o advento da Inteligência Artificial ChatGPT novas funcionalidades podem ser exploradas. O uso dessa ferramenta tecnológica com tantos artifícios tem sido objeto de grande controvérsia no mundo todo. O exemplo da França, que proibiu o uso de celulares em 2018, tem influenciado muitas escolas a seguir um caminho semelhante. Muitos não fazem ideia, mas em Santa Catarina, a Lei n° 14.363/2008 proíbe o uso de celular em salas de aula. 

    Com a recente proibição do uso de celulares nas escolas do Rio de Janeiro e Brasília o assunto voltou ao debate dos educadores, principalmente nesse momento de retorno às atividades letivas.

    Como estudioso dos impactos das novas tecnologias da informação e da comunicação, entendo que a proibição total não é a forma mais adequada de tratar a questão. Os aparelhos móveis podem ser mais que objetos de dispersão da concentração dos estudantes, podendo ser aliados e integrados ao processo de ensino-aprendizagem. 

    Penso que para isso, cada educador deve envolver seus estudantes no planejamento de formas conscientes  de incorporar essa tecnologia em suas vidas acadêmicas.

    A decisão de integrar os celulares nas aulas deve partir de uma avaliação de cada profissional da educação, levando em consideração a maturidade de seus estudantes e o tipo de conteúdo ministrado. Nas aulas de matemática, por exemplo, é possível que os estudantes usem o aplicativo GEOGEBRA para compreender melhor como construir gráficos e entender funções mais complexas.  Em algumas disciplinas é possível usar o KAHOOT em momentos específicos e planejados como forma de gerar engajamento. Na área de Telecomunicações o celular é ferramenta de estudo.

    Mas isso não  significa que entendo ser apropriado o constrangimento causado por filmagens não autorizadas durante as aulas para compartilhamento nas redes sociais, ou que não me incomode com estudantes que se distraem por usar o WhatsApp. Bons tempos aqueles dos bilhetinhos… Crianças precisam brincar e correr nos intervalos.

    Segundo a Common Sense Media, o adolescente médio agora passa cerca de 7 horas e 22 minutos no telefone todos os dias. Isso inclui tempo gasto em redes sociais, mensagens de texto, jogos, vídeos e uso de aplicativos. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendam que crianças e adolescentes de 5 a 17 anos limitem seu tempo de tela a 2 horas por dia.

    Para os alunos dos cursos subsequentes de refrigeração, por exemplo, o celular é um equipamento de trabalho. Muitos já atuam na área instalando equipamentos e realizando manutenção. Por isso, algumas vezes precisam se ausentar da aula para atender emergências. Privá-los do celular é como tirar-lhe os meios de prover o sustento de suas famílias. Nesses casos, tenho adotado algumas regras que têm funcionado bem, como recomendar o uso do aparelho no modo silencioso e que realizem o atendimento fora da sala de aula. 

    Precisamos estabelecer limites, considerando a idade dos estudantes, o grau de maturidade, a modalidade do curso, o tipo de unidade curricular e o nível de conforto dos professores. A palavra final precisa ser de cada docente. Há escolas que adotam o caminho do meio – dias em que os estudantes não podem levar celular e dias que podem. Outras disponibilizam uma caixa para receber os celulares durante as aulas. Ideias não faltam…

    A incorporação ou não do celular no processo de ensino-aprendizagem de forma efetiva precede de planejamento e de flexibilidade. Certa vez, ao preparar  uma avaliação em sala de aula usando o aplicativo KAHOOT, observei que dois estudantes não possuíam celular.  Imediatamente, alterei a forma de avaliação, não causando possíveis constrangimentos. 

    Penso que, em vez de adotar medidas proibitivas, é essencial avaliar as potencialidades dos celulares, capacitando os professores a orientarem os alunos na utilização inteligente dessas ferramentas. No ano passado estive acompanhando a proibição do uso da Inteligência Artificial em diversas escolas mundo afora. A exposição excessiva de jovens e adultos nas redes sociais é outro problema que transborda o ambiente escolar.

    São questões complexas e que não podem ser resolvidas de forma tão simples.
    Há diversas pesquisas em nível de mestrado e doutorado avaliando essas questões.

    Vamos discutir?

    https://youtu.be/LikVbt3aJN0?si=oTP8wxwoiSzvRe63

    Para saber mais:

    https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/cadernoscap/article/download/229430/28802/0

    https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/200639/001103287.pdf?sequence=1

    https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/2043/1/TMCEM_JoaoCarrega.pdf


    Atenciosamente,

    Prof. Jesué Graciliano da Silva

    Missão no IFPR – 10 anos depois

    Nessa semana, lembrei-me que há exatos 10 anos eu deixei o IFPR após um período de seis meses como reitor pro tempore. Fui nomeado antes de dizer que aceitava o cargo. Pedi alguns dias para avaliar com minha esposa a repercussão nas nossas vidas, por conta dos filhos ainda pequenos. Mas não tive muita escolha. O Secretário da SETEC solicitou que eu me deslocasse até Curitiba com objetivo de realizar uma avaliação do impacto da Operação Sinapse na instituição. Ainda no caminho recebi um telefonema da SETEC informando que estava nomeado no Diário Oficial da União.

    Segundo MPF, a Operação Sinapse foi deflagrada no dia 8 de agosto de 2013 pela Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU). À época, cerca de 200 Policiais Federais cumpriram 18 mandados de prisão, três deles contra funcionários públicos do Instituto, 10 mandados de condução coercitiva, e 43 de busca e apreensão. Durante a ação foram apreendidos 24 veículos em posse dos acusados, sendo três de luxo – uma Mercedes Benz, um Porsche e uma Land Rover. Juntos, os três veículos somavam mais de R$ 1,5 milhão. A ação ocorreu nas cidades de Curitiba, Cascavel e em São Carlos e Sorocaba, no estado São Paulo.

    Apesar das dificuldades, foi um período de grande aprendizado em que tive a honra de trabalhar com servidores valorosos e com forte compromisso público como prof. Frederico, Brandão, Rubens, Élcio, Patrícia, Bruno, Frederico, Paulo Yamamoto, Paulo, Roberta, kimberly, Andrea, Gláucia, Éden, Adriano, Zanatta, Gilmar, Cida, Evandro, Paola e tantos outros. O Prof. Frederico atuou como vice-reitor durante parte da gestão interina e contribuiu muito para que tivéssemos êxito nesse período.

    Entre as principais realizações no período o mais importante foi a instalação dos Colegiados em todos os câmpus, a criação do programa de desenvolvimento dos servidores e uma forte articulação com o SINDIEDUTEC para ampliação do horário de atendimento aos estudantes e melhoria das condições de trabalho dos servidores docentes e TAES. Reorganizamos procedimentos para pagamento da execução das obras dos novos câmpus, realizamos o SEPIN, um concurso público e os Jogos Nacionais da Rede Federal. A CGU relatou em auditoria uma economia estimada de R$ 2.500.000,00 por conta de uma alteração na forma de pagamentos decorrentes da execução das obras de construção de 18 câmpus. Também abrimos alguns processos administrativos disciplinares para apurar as responsabilidades administrativas e criamos um Grupo de Trabalho responsável por reformular a Educação a Distância, pivô da operação Sinapse. Enfrentamos muita resistência interna, mas também recebemos denúncias de diversas irregularidades, que procuramos apurar e informar à SETEC. Alguns servidores que me apoiaram durante esse período foram penalizados após minha saída. De volta ao IFSC tive minha caixa de e-mails bloqueada e aberta. Também recebi algumas ameaças, que se esvaziaram no tempo. Tempos difíceis mas de aprendizado.

    O detalhamento dos resultados da gestão interina estão documentados no Relatório público – Blog Diário do Reitor.

    Apesar de toda seriedade da missão e dos sacrifícios decorrentes dela, também tivemos muitos momentos de alegria. Na foto com a honraria “Mão de Saramago“. Apesar do registro, ressalto que não recebi a premiação oficialmente. 

    No último dia de gestão, professor Frederico concedeu-me informalmente a honraria e eu a concedi a ele em reciprocidade.

    Esse momento está relacionado à história do escritor, José Saramago, prêmio Nobel de 1998, que cursou uma escola técnica e exerceu a profissão de técnico por vários anos antes de se dedicar à Literatura. Na entrada do câmpus Foz do Iguaçu há uma frase de Saramago: “Trabalhar com as mãos ensina muito”.

    Esse recado é muito importante para todos aqueles que não compreendem claramente a importância do ensino técnico e de uma profissão. Ainda hoje me deparo com colegas que chamam o Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio de “Ensino Médio Integrado”, uma expressão que não existe na legislação e que acaba desprestigiando a palavra “Técnico”.

    O “complexo de bacharel” ainda está muito presente na nossa sociedade. Os trabalhos manuais nem sempre são valorizados, como se quem soubesse fazer não dominasse o conhecimento científico para saber o que, por que e como deve ser feito.

    Uma instalação de ar condicionado é uma atividade em que o técnico, além de dominar os procedimentos práticos, precisa conhecer fundamentos da Termodinâmica, da Transferência de Calor e da Mecânica dos Fluidos. Não conheço um Técnico de Refrigeração competente sem trabalho.

    A seguir estou replicando a mensagem enviada para a comunidade acadêmica no dia 31 de janeiro de 2014, agradecendo o apoio.

    “Prezados colegas servidores docentes e administrativos, desejamos a todos um excelente início de atividades letivas. Continuem firmes na nobre missão de educar e de transformar vidas. Vocês fazem a diferença e servem de modelo para nossos estudantes. Minha missão junto ao Instituto Federal do Paraná (IFPR) está se encerrando nesse dia 31 de janeiro, conforme já havíamos informado anteriormente. Na próxima semana reassumirei com alegria minhas atividades como docente do Câmpus São José do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Aprendi muito nesse tempo em que aqui estive. Conheci pessoas extraordinárias e assimilei um pouco mais da cultura do Paraná. Passei a respeitar muito mais o trabalho realizado por cada um de vocês no IFPR, um dos maiores institutos federais do país. Vocês fizeram com que eu me sentisse em casa e a verdade é que todos os Institutos Federais são uma mesma casa. Todos vocês serão bem-vindos ao IFSC porque o IFSC também é de vocês. Os impostos que pagamos lá garantem o funcionamento do IFPR aqui e os impostos que vocês pagam aqui garantem o IFSC lá. Devemos trabalhar em rede aproveitando as boas práticas de cada um. Devemos trabalhar em rede entre os câmpus. No final todos nós temos uma causa comum: transformar vidas por meio da educação. Podemos continuar estabelecendo grandes parcerias permanentes entre as Instituições Federais do Sul do Brasil em temas afins. Recebi o incentivo de centenas de servidores nesse período e isso serviu de grande motivação. Essa proximidade com cada um de vocês me permitiu conhecer diversos ângulos e a tomar decisões mais seguras. Dentre tantos desafios que enfrentamos destacamos a alegria de viabilizar o SEPIN, os Jogos Nacionais, a licitação das 18 obras, o concurso público, contribuir para o início da reestruturação da EAD, viabilizar o processo seletivo e principalmente de contribuir para realização de eleições para representantes dos estudantes, docentes e TAEs dos Colegiados dos Câmpus. Dia 26 de novembro foi um dia memorável para consolidação da participação da comunidade acadêmica no processo decisório do IFPR. Caso vocês tenham qualquer pergunta sobre o trabalho que foi realizado ou sobre o andamento das atividades envie uma mensagem para mim. Faço questão de responder 100% das mensagens: jesue@ifsc.edu.br. Foram quase 6 meses intensos de trabalho, muito mais do que nossa previsão inicial de 30 dias. […] Prof. Colombo deverá reassumir suas funções no dia 1.º de fevereiro, uma vez que o ato de minha nomeação está vinculado ao prazo definido pela decisão judicial – afastamento cautelar (até 31/1/2014). Desejamos que ele tenha pleno sucesso nessa continuidade de gestão. Temos certeza de que as boas práticas implantadas nesse período de interinidade terão continuidade em sua gestão, uma vez que o interesse público sempre guiou nossas ações. Estarei à disposição do reitor para qualquer esclarecimento adicional. Temos videoconferências instaladas no IFSC e no IFPR para facilitar nossos contatos. O ano de 2014 será muito importante para o IFPR. Muitos terão oportunidade de participar pela primeira vez da construção coletiva do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Será o momento de envolver também os estudantes nas discussões mais estratégicas. Eles precisam ser colocados no centro das discussões. Aproveito para fazer ainda minha defesa incondicional da valorização das pessoas como forma de melhoria do processo de ensino-aprendizagem. Se aos Reitores dos Institutos Federais não é dada a prerrogativa de aumentar diretamente o salário dos servidores, é dada a eles a faculdade de se investir em desenvolvimento das pessoas. Os servidores capacitados ganham melhor porque evoluem nos níveis e classes da carreira e a instituição ganha com pessoas mais qualificadas e motivadas. Por isso, temos orgulho da aprovação da Resolução 44/2013, que trata do Plano de Desenvolvimento Contínuo dos Servidores do IFPR. Conforme o Artigo 8.o do Estatuto do IFPR “será membro do Conselho Superior o último ex-Reitor do Instituto Federal do Paraná”. Por isso será uma honra substituir o Prof. Gonzaga como conselheiro do CONSUP do IFPR. Mais uma vez gostaria de expressar meus sinceros agradecimentos a todos aqueles que contribuíram com o IFPR nesse período gestão pro tempore. Ninguém faz nada sozinho. Agradeço especialmente aos Pró-Reitores, à Chefia de Gabinete, Assessorias, Diretores dos Câmpus. Agradecer mais uma vez à minha família pela compreensão da importância desse trabalho. Agradecer aos colegas de trabalho do IFSC pela compreensão e apoio, especialmente à Reitora Maria Clara pela cessão temporária. Agradecer ao Prof. Alessio e ao Prof. Marco Antônio pela confiança. Aos colegas do CONIF pela acolhida carinhosa de sempre. Agradeço a cada um de vocês pela acolhida e pela atenção. Desejo desde já muito sucesso e sabedoria na gestão que se reinicia dia 1.º de fevereiro de 2014. Continuaremos discutindo assuntos relevantes para a gestão dos Institutos Federais a partir do Blog ÉTICA E GESTÃO (http://eticaegestao.ifsc.edu.br). Gandhi nos ensinou que devemos ser a mudança que esperamos ver no mundo. Façam diferente e façam a diferença na vida das pessoas que convivem com vocês. Sejam lembrados pelos seus estudantes daqui 20 anos. Sejam felizes e contem com meu apoio sempre que precisarem. Mais uma vez, obrigado por terem me recebido. Um grande abraço e até breve no CONSUP. Prof. Jesué Graciliano da Silva Reitor pro tempore do IFPR 8/8/2013 a 31/1/2014”

    Para saber mais:

    Na foto com equipe do SINDIEDUTEC

    https://blogdiariodoreitorifpr.wordpress.com

    Atenciosamente,

    Prof. Jesué Graciliano da Silva

    Desenvolvimento x inovação na educação

    Nessa semana estou compartilhando algumas ideias apresentadas pelo prof. Dr. Alvaro Toubes Prata, que foi reitor da UFSC e Secretário de Ciência e Tecnologia. 

    Para prof. Prata, o Brasil enfrenta desafios significativos no cenário da inovação e competitividade. Apesar de ter uma população criativa e empreendedora, questões como desigualdades sociais e, principalmente, deficiências na educação científica, impactam negativamente o desenvolvimento tecnológico. A baixa formação de engenheiros e a falta de integração entre universidades e setor industrial também contribuem para a limitada inovação no país. Além disso, a balança comercial evidencia a dependência de exportações com baixo valor agregado. A solução proposta inclui um aumento substancial nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), visando ultrapassar a marca de 2% do PIB. A formação de mais cientistas e engenheiros, juntamente com um maior foco em empreendedorismo e inovação nas instituições educacionais, é crucial para impulsionar a competitividade tecnológica do Brasil.

    “É preciso romper com paradigmas educacionais tradicionais, incentivando a inovação desde o Ensino Fundamental até a formação universitária. A transformação da universidade brasileira, promovendo a interdisciplinaridade, flexibilidade curricular e estimulando o empreendedorismo, é vista como fundamental para moldar uma nação competitiva e inovadora”.

    Em uma palestra recente realizada na UnB, prof. Prata destacou alguns desafios da educação brasileira e sugere ações para corrigir o problema.

    Algumas das principais recomendações incluem:

    Melhoria na Qualidade da Educação: é preciso oferecer uma educação de qualidade, especialmente na área científica, desde a infância. Ele ressalta que crianças mal educadas cientificamente se tornam adultos ignorantes cientificamente.

    Aumento do Investimento em P&D: é necessário aumento significativo nos investimentos públicos e privados em pesquisa e desenvolvimento (P&D), com o argumento de que países mais competitivos investem uma porcentagem maior de seus PIBs nessa área.

    Ampliação do Número de Cientistas e Engenheiros: é necessário aumentar o número de cientistas e engenheiros envolvidos em P&D, mencionando que a atual proporção no Brasil é baixa em comparação com outros países competitivos.

    Estímulo ao Empreendedorismo e à Inovação: é preciso formar pessoas com competências empreendedoras, promovendo a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação empresarial. Argumenta que, para ser mais competitivo tecnologicamente, o país precisa incentivar a inovação e o empreendedorismo.

    Modernização das Universidades: as instituições de ensino superior precisam se modernizar para se adequarem aos desafios do século XXI, adotando práticas mais dinâmicas, cursos interdisciplinares, currículos flexíveis e promovendo a inovação tecnológica.

    Mudança no Enfoque Educacional: é necessário uma mudança no enfoque educacional, incentivando a autonomia dos alunos, promovendo a inovação desde o Ensino Fundamental e Médio, e enfatizando a formação de profissionais preparados para enfrentar desafios e riscos inerentes à prática empreendedora.

    Em resumo, prof. Prata destaca a necessidade de uma transformação abrangente no sistema educacional brasileiro, envolvendo desde a educação básica até o ensino superior, com foco na promoção da ciência, tecnologia, inovação e empreendedorismo.

    Para saber mais:

    https://www.livros.unb.br/index.php/portal/catalog/book/179

    A universidade e a inovação tecnológica

    Ciência para a prosperidade

    https://livros.unb.br/index.php/portal/catalog/view/179/295/5093

    Em breve vamos conversar mais com prof. Prata sobre como docência no ensino superior.

    Atenciosamente,

    Prof. Jesué Graciliano da Silva

    Como aprender a desenhar com o REVIT

    O REVIT é um software especializado para o desenho 3D que se tornou uma ferramenta indispensável para profissionais que buscam eficiência e precisão em seus projetos.

    Uma das primeiras coisas que você notará ao abrir o Revit é a sua interface intuitiva. Projetada para ser amigável e acessível, a disposição lógica das ferramentas facilita a navegação, mesmo para iniciantes. Isso significa menos tempo aprendendo a usar o software e mais tempo dedicado à expressão da sua criatividade. O Revit oferece uma plataforma integrada que permite que vários profissionais trabalhem no mesmo projeto simultaneamente. As atualizações em tempo real garantem que todos estejam na mesma página, promovendo uma colaboração suave e eficaz.

    Com o Revit é possível criar elementos inteligentes e dinâmicos que se ajustam automaticamente às alterações no design. Essa abordagem elimina retrabalhos e permite que você explore várias opções de projeto de maneira eficiente.

    O Revit disponibiliza uma vasta gama de objetos e componentes prontos para uso em suas bibliotecas. Essa extensa biblioteca economiza tempo, eliminando a necessidade de criar elementos do zero, acelerando o processo de design e permitindo que você se concentre na personalização dos detalhes. Outra grande vantagem do Revit é a capacidade de realizar análises diretamente no software. Seja para avaliar o desempenho energético ou a sustentabilidade do projeto, o Revit fornece ferramentas integradas que simplificam esse processo, permitindo que você tome decisões informadas desde as fases iniciais do design.

    Em resumo, o Revit não é apenas um software de desenho 3D; é uma ferramenta completa que revoluciona a maneira como abordamos o design arquitetônico e de engenharia. Sua interface intuitiva, modelagem paramétrica, capacidade de colaboração, bibliotecas extensas e análises integradas o tornam um aliado poderoso para profissionais que buscam eficiência, precisão e inovação em seus projetos. Disponibilizo alguns vídeos explicativos de como ele pode ser utilizado na sequência:

    Atenciosamente,

    Prof. Jesué Graciliano da Silva